As novas concessões viriam garantir ao Estado mais recursos para aplicar em projetos estratégicos de infraestrutura, como a ampliação da rede de metrô, a modernização da malha ferroviária e a recuperação das estradas vicinais. Por ser a concessão um processo demorado, os recursos provenientes dela estão sendo contabilizados apenas para 2010.
O governador admitiu que os cofres estaduais já começaram a sentir os efeitos da crise econômica. A receita estadual deste ano - de janeiro a abril - caiu mais do que o esperado (R$ 1,3 bilhão) e já é menor do que a do mesmo período de 2008. O Estado apurou que, no setor de rodovias, três casos são sendo estudados, todos na região do litoral: as concessões da Rodovia dos Tamoios (SP-99), que liga o Vale do Paraíba a Caraguatatuba; da Mogi-Bertioga (SP-98), de Mogi das Cruzes a Bertioga, e da Oswaldo Cruz (SP-125), entre as cidades de Taubaté e Ubatuba. Há ainda rodovias menores no Interior, como a Euclides da Cunha (SP-320), na fronteira com Mato Grosso do Sul.
Em relação aos aeroportos, a discussão sobre a concessão ainda está em fase inicial. O governo paulista administra, por meio do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, 31 aeroportos no Interior. Os maiores, e, portanto, com maior potencial numa eventual concessão, são Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, com movimentação de 97.509 e 65.479 passageiros no primeiro trimestre deste ano, respectivamente.
Os dois processos de privatização feitos pelo Estado até agora ficaram restritos a rodovias. O primeiro foi ainda no governo Mario Covas e acertou as concessões do sistema Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes, entre outros. A etapa seguinte foi implementada por Serra, e envolveu trechos da Carvalho Pinto, da D. Pedro e da Marechal Rondon.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12 de maio de 2009