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O Brasil tem o 5º maior número de mortes no trânsito de todo o mundo. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou em junho o maior estudo já realizado sobre o impacto dos desastres para a saúde. Para comparar todos os países, a OMS utilizou dados de 2007. Naquele ano, houve 35,1 mil mortes causadas por desastres com automóveis no Brasil. Em termos absolutos, esse número só é inferior ao de outros quatro países: Índia (105,7 mil), China (96,6 mil), Estados Unidos (42,6 mil) e Rússia (35,9 mil). As informações foram divulgadas pelo jornal Estado de S. Paulo.
Porcentualmente, o Brasil ocupa uma posição intermediária, com 18 mortes para cada 100 mil habitantes. Nesse caso, a taxa é superior à dos Estados Unidos (13) e inferior à da Rússia (25), por exemplo. Os maiores índices se concentram no Leste do Mediterrâneo e nos países africanos. Holanda, Suécia e Reino Unido têm as menores taxas, segundo a pesquisa.
Hoje, os acidentes nas estradas já são a décima maior causa de mortes no mundo. Segundo a OMS, esses desastres matam 1,2 milhão de pessoas por ano. Quase metade das vítimas não estava de carro - foram 584 mil pedestres e ciclistas mortos em acidentes, representando 46% do total das mortes. No Sudeste Asiático, esse índice é ainda mais alarmante: 80% das mortes no trânsito envolveram pessoas que sequer têm carro.
Para os especialistas, preocupa que o número de acidentes continue crescendo nos países emergentes. Diante do aumento da renda nesses países, o número de carros também cresceu. Mas não necessariamente os dispositivos de segurança.
Os dados também indicam que, nos países ricos, a taxa de mortes está estável. Mas, nos países em desenvolvimento, a história é outra. "Cerca de 90% dos acidentes ocorrem nesses países mais pobres, mesmo que essas economias tenham metade dos carros do mundo", afirmou Etienne Krug, diretor do Departamento de Violência da OMS. Apenas 15% dos 178 países avaliados têm uma legislação completa em relação ao trânsito, incluindo limites alcoólicos, de velocidade dentro de cidades e obrigatoriedade no uso de capacetes. O problema é que, mesmo nos países onde existem as leis, o cumprimento é falho.
A pesquisa mostra que menos de 60% dos países têm leis que exigem o cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo. Entre os países mais pobres, a taxa é de apenas 38%. Em relação ao índice máximo recomendado para a concentração de álcool no sangue - 0,05 gramas por decilitro -, menos da metade dos países instituiu esse parâmetro.
Diante desses dados, a OMS alerta: se o ritmo de crescimento das mortes for mantido como nos últimos dez anos, o mundo terá 2,4 milhões de mortes em 2030, o dobro do índice atual.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17 de junho de 2009

Categoria: Geral


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