Parking News

Diversas redes de estacionamentos encontraram nos investimentos imobiliários uma nova forma de incrementar os seus negócios. Começaram a comprar as garagens de edifícios comerciais em construção ou até mesmo na planta, para depois de concluída a obra explorarem o espaço como mais uma unidade em operação. Do lado das construtoras, a parceria também se torna vantajosa, uma vez que os recursos são antecipados, garantindo liquidez na fase de construção de um novo empreendimento. A busca por espaços para a abertura de novos estacionamentos acontece principalmente nas cidades com mais de 400 mil habitantes, aponta reportagem da Revista Franquia & Negócios.
"É preciso analisar a movimentação no local, no próprio prédio e no entorno. Boas oportunidades costumam concentrar-se nas proximidades de polos comerciais, shopping centers, hospitais, hotéis, casas de espetáculos e conjuntos de escritórios ou consultórios", diz Sergio Morad, presidente do Sindepark (Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo) e sócio-diretor da Multipark. Isso tudo sem falar que para ampliar a fluidez do trânsito nestas áreas, diante do aumento constante da frota de veículos, as administrações municipais tendem a eliminar vagas nas ruas mais movimentadas, gerando demanda pelos estacionamentos. O aumento da violência urbana é outro fator que colabora para o crescimento do tipo de negócio. Segundo Morad, em São Paulo, as construtoras e incorporadoras estão erguendo prédios com mais vagas do que o exigido pela legislação e buscam empresas para adquirir as vagas e operar a garagem. Isso abre um leque de oportunidades para as redes de estacionamento crescerem, diz.
Investimentos
Helio Cerqueira Junior, sócio fundador da Estapar, diz que a rede já atua como investidora imobiliária há algum tempo. Essa atividade deve crescer ainda mais com a venda de 50% da empresa para a administradora de fundos de investimentos BTG, anunciada no final de maio. "A Estapar passa a ter maior sofisticação financeira, ganha capacidade de fazer grandes investimentos não só com a aquisição de garagens em novos prédios, mas também participando de licitações públicas, por exemplo, de garagens subterrâneas", afirma. Cerqueira Junior explica que, no momento em que a empresa decide investir em um empreendimento, ela se torna automaticamente responsável pela operação daquela unidade. Ele lembra que, se algum outro investidor adquirir um imóvel e quiser tornar-se franqueado da Estapar, não haverá empecilho algum. Cerqueira conta ainda que muitos condomínios comerciais vêm buscando atrair as redes de franquias de estacionamentos. As administradoras de condomínios entendem que associar a garagem do prédio a uma boa marca traz credibilidade ao local, com a garantia de segurança.
Obstáculos
O responsável pela área de franquias da Multipark, Roberto Machado, também enfatiza a força da marca da empresa franqueadora. Ele pondera, no entanto, que existem algumas dificuldades para o sucesso do negócio. "Recebemos pelo menos duas consultas por dia via internet de interessados em abrir uma franquia Multipark. O problema é que 99% destas pessoas têm capacidade financeira, mas não têm o ponto. Se o candidato já tiver o local, a chance de se tornar um franqueado é muito maior. Daí, vamos colocar nossa bandeira e transferir o know-how necessário à operação."
Mercado consistente
De acordo com levantamento da ABF, o segmento de Serviços Automotivos que inclui as redes de franquias de estacionamento registrou um crescimento de 31,7% no ano passado em relação a 2007, com faturamento superior a R$ 2,4 bilhões. O resultado também inclui franquias de serviços de manutenção de veículos, limpeza e aluguel. No mercado de estacionamentos em geral, o Sindepark estima que 11 mil unidades estejam em operação no Estado de São Paulo, sendo nove mil somente na capital. Na maior cidade do País, são mais de 900 mil vagas, para uma frota de aproximadamente 6,5 milhões de veículos. A média de atendimentos por mês é de 70 milhões e o setor gera mais de 35 mil empregos diretos.
O sindicato divulgou no final de maio uma pesquisa sobre os estacionamentos da região central de São Paulo, mesma área analisada em 2008. O resultado aponta aumento de 6,53% no número de estabelecimentos, que passaram de 475 para 506, com 40.372 vagas, contra 33.729 no ano passado.
Fonte: Revista Franquia & Negócios, Junho/Julho/2009

Categoria: Fique por Dentro


Outras matérias da edição

Estacionamento urbano (10/07/2009)

Decreto assinado dia 8 de julho pelo prefeito José Auricchio, de São Caetano, regulamenta e altera leis sobre estacionamento remunerado rotativo de veículos em vias e logradouros da cidade, informa o (...)

Prefeitura planeja monotrilho (08/07/2009)

A gestão Gilberto Kassab deverá desistir de implantar um corredor de ônibus comum na zona sul de São Paulo para substituí-lo por um monotrilho - tipo de metrô leve e estreito, que usa pneus e trafega (...)

Flanelinhas começam a se cadastrar (10/07/2009)

Até agora, 43 flanelinhas já procuraram a Superintendência Regional do Trabalho, em Brasília. Em dois meses, só vai poder lavar ou vigiar carros quem estiver devidamente registrado, alerta o programa (...)

Fretados em xeque (13/07/2009)

A convite do Jornal da Tarde, a advogada Vânia Hernandes, que há dois anos usa o ônibus fretado para ir de São Miguel Paulista, zona leste, para o seu escritório na Avenida Paulista, testou no mesmo t (...)

Carro é guardado na rua (12/07/2009)

Se você deixa o carro na mão de manobristas na hora em que vai a um bar do Cambuí, cuidado: ele acaba estacionado em garagens do comércio ou até mesmo na rua. Os profissionais do chamado valet parking (...)

Esteves atrás de novas vagas (15/07/2009)

O banqueiro André Esteves, controlador do BTG, parece particularmente interessado no negócio de estacionamentos, noticiou a Revista Exame. Depois de comprar, em maio, 50% da rede Estapar, maior grupo (...)


Seja um associado Sindepark