Cerca de sete mil pessoas da Baixada Santista utilizam 150 rotas de ônibus fretados diariamente. Segundo Papa, o problema atinge especialmente Santos - que reúne mais da metade desse total de usuários - e São Vicente. "As entidades têm sugestões de rotas alternativas. Mas essa é uma discussão técnica, que visa à definição dos melhores corredores para o tráfego de fretados e pontos de parada", afirmou.
O prefeito de São Vicente, Tércio Garcia, também se manifestou a respeito dessa restrição. Ele reconheceu que o prefeito de São Paulo tem toda a autonomia para tomar tal decisão, mas observou que outras cidades que utilizam o sistema de fretados serão afetadas pela medida.
Tércio Garcia disse ainda que o objetivo de Kassab de reduzir o congestionamento e diminuir a poluição pode ter um "efeito contrário", com a implantação da área de restrição. Ele estimou que quase 100 mil pessoas podem passar a utilizar o transporte individual para chegar à capital paulista. O prefeito de Santos compartilha da opinião de que "cada fretado tira 20 carros da rua".
Manifesto
O deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa, junto de associações de empresas de ônibus fretados de São Paulo e de prefeitos da Baixada Santista, enviou dia 8 de julho a Kassab um manifesto sobre a medida que impede a circulação de ônibus fretados na região central de São Paulo. "Decidimos elaborar um manifesto que será assinado por todos os prefeitos da Baixada, solicitando que a data em que se inicia a restrição seja suspensa e que haja a abertura de uma negociação para serem apreciadas as alternativas de um grupo de trabalho que vamos montar com as associações", disse Barbosa.
Fonte: DCI (SP), 8 de julho de 2009