Em cada ocorrência há um novo desafio. Os técnicos de trânsito são treinados para as mais variadas situações. Na Avenida dos Bandeirantes, por exemplo, onde há um grande movimento de caminhões, é fundamental que eles entendam de mecânica.
Para saber tudo o que acontece em 15 mil km de ruas, 24 horas por dia, as imagens de mais de 200 câmeras de monitoramento contam o que acontece nos pontos estratégicos da cidade. Se algum acidente acontece na Avenida Paulista, por exemplo, o congestionamento em uma hora pode atingir mais de quatro mil motoristas que transitam pela região.
As câmeras também já registraram flagrantes como um carro pegando fogo. Nas imagens, o motorista tenta apagar, mas não consegue. Em outro flagrante, dentro de um túnel, uma caminhonete fica parada, mas o motoqueiro não vê e bate violentamente contra ela. Em outra filmagem, um caminhão está com as medidas acima do normal e, mesmo assim, o motorista insiste em passar. E as câmeras poderiam flagrar ainda mais se uma boa parte não estivesse quebrada.
Nas torres de transmissão da Avenida Paulista, um dos pontos mais altos de São Paulo, tem-se uma visão privilegiada da cidade. Ela é ideal para quem precisa acompanhar o movimento do trânsito. Alessandro dos Santos Reis trabalha há nove anos como agente de trânsito especializado em monitoramento. Do alto do prédio, ele observa os problemas do trânsito. Basta um ônibus quebrado para se formar um congestionamento na Avenida Paulista. "A cidade de São Paulo é muito dinâmica. As coisas acontecem com muita rapidez", conta o agente de trânsito.
Nas salas de controle, nas ruas e avenidas da cidade, os esforços se voltam para dominar as interferências da natureza, da imprudência e do acaso.
Apesar dos equipamentos modernos para monitorar o trânsito e também a chuva, a prefeitura admite que há problemas para transmitir a informação. São emitidos alertas por rádio, por televisão e pela internet, mas muita gente acaba sendo surpreendida porque está dentro de shoppings ou no meio da rua, no trânsito, sem acesso a esses meios de comunicação.
A Prefeitura tentou fazer um acordo com as empresas de telefonia celular para que elas enviassem mensagens avisando da aproximação de tempestades, mas não houve acordo sobre valores.
Fonte: G1/Bom Dia Brasil, 19 de março de 2009