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A imagem da população sobre os ônibus municipais na cidade de São Paulo melhorou entre 2008 e 2009, segundo pesquisa divulgada dia 27 de janeiro pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), mas a avaliação do serviço como excelente ou bom ainda é de 50%, constatou o portal G1.
Outros seis setores do transporte público na região metropolitana foram avaliados, e todos apresentaram ganhos de imagem - com exceção do Metrô, avaliado como excelente ou bom nos dois anos por 82% dos entrevistados, a maior aprovação registrada. O maior ganho foi registrado nos ônibus metropolitanos - a aprovação subiu de 41% para 55%.
A avaliação foi feita com 3.376 pessoas em novembro de 2009 - por meio de pesquisa domiciliar - na qual os entrevistados não precisavam ser usuários do transporte - e intencionais, com cotas por sexo, idade, classe social e linhas utilizadas - nas quais as pessoas precisavam ser usuárias do transporte.
Além dos ônibus municipais e do Metrô, também foram avaliados os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), os corredores de ônibus, os micro-ônibus municipais, os ônibus metropolitanos e os ônibus nos outros municípios da Grande São Paulo. Em todos os casos, a percepção do transporte como ruim ou péssimo caiu - mas, em alguns casos, ainda continua alta.
Nos ônibus municipais, por exemplo, enquanto a aprovação subiu de 40% para 50%, a imagem ruim ou péssima foi de 30% para 24% entre 2008 e 2009. A menor avaliação como ruim ou péssimo foi encontrada no Metrô - mudança de 8% para 5%.
Na CPTM, a variação foi de 48% para 50% na aprovação e 29% para 26% na imagem ruim; nos micro-ônibus municipais, de 40% para 51% e de 31 para 26%, respectivamente; os ônibus nos corredores variaram de 53% para 58% nas avaliações positivas e de 28% para 21% nas negativas; os ônibus metropolitanos, nos mesmos quesitos, foram de 41% para 55% e de 29% para 21%; e nos ônibus de outras cidades da Grande São Paulo a aprovação cresceu de 42% para 51% e a reprovação diminuiu de 35% para 28%.
Preços
Feita em novembro de 2009, antes do reajuste das tarifas de ônibus em São Paulo, a pesquisa mostra uma diminuição do impacto do preço no bolso dos passageiros em quase todos os setores - apenas nos corredores de ônibus a percepção de que o valor é caro ou muito caro aumentou de 55% para 57%. Os transportes considerados com preço com maior impacto são os ônibus metropolitanos - 77% o consideram caro ou muito caro - e a CPTM, com 62% das mesmas respostas.
De acordo com a Toledo e Associados, empresa responsável pela pesquisa, mesmo sabendo que a tarifa iria aumentar em janeiro, a informação não teve influência na resposta dos passageiros - para a empresa, os passageiros ainda não tinham em mente o impacto da tarifa.
Segundo a empresa de pesquisa, as respostas dos entrevistados mostram uma dualidade em relação aos meios de transporte. Ao mesmo tempo em que eles reclamam da lotação, dos atrasos e do estresse, sabem que ele é um aliado e que é possível contar com sua disponibilidade.
Particularidades
Em algumas linhas específicas dos meios de transportes, houve aumento na imagem negativa por parte dos usuários. Na Linha 3-Vermelha do Metrô, a avaliação como ruim ou péssimo passou de 12% dos entrevistados para 14% em 2009.
Na Linha 7-Rubi da CPTM, a avaliação como excelente ou bom caiu de 46% para 43% e a de ruim ou péssimo subiu de 33% para 40%. O mesmo aconteceu na Linha 8-Diamante - queda de 52% para 47% nas avaliações positivas e aumento de 30% para 38% nas negativas.
Na Linha 10- Turquesa, apesar de a avaliação positiva ter subido, a negativa também cresceu - de 19% para 24%. O mesmo aconteceu na Linha 11-Coral - aumento de 30% para 32% na percepção negativa.
No caso dos micro-ônibus, apenas duas das nove áreas na cidade tiveram queda na percepção positiva. No caso dos ônibus metropolitanos, houve queda na avaliação como excelente ou bom apenas na chamada Área 3, que engloba os municípios de Mairiporã, Guarulhos, Arujá e Santa Isabel, de 52% para 48%.
Já os ônibus de outras cidades da Grande São Paulo tiveram queda na avaliação positiva na chamada área 1, de 54% para 38%, nos municípios que ficam no sudoeste da região metropolitana.
Outras percepções
Além de medir a percepção da imagem dos transportes, a pesquisa também fez outras perguntas pontuais. Para 40% dos entrevistados, as motocicletas são os principais vilões no trânsito da cidade, seguidas pelos motoristas de lotações em 19% das menções. A importância do transporte também é grande na pesquisa - 47% das pessoas o consideram muito importante, e 39% importante.
Os entrevistados também apontaram em sua maior parte os corredores de ônibus como primeira opção ao serem perguntados sobre quais medidas devem ser tomadas para diminuir os congestionamentos. Em seguida, vêm as linhas de trem e de Metrô.
Entre as pessoas ouvidas na pesquisa, 47% eram homens e 53% mulheres. A idade média foi de 41 anos, e 35% dos entrevistados tinham curso superior incompleto. A renda média familiar encontrada foi de R$ 1.558,00, e a maior parte dos participantes, 53%, eram da classe C. No total, 45% deles possuem carro.
Fonte: portal G1, 28 de janeiro de 2010

Categoria: Geral


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