Jeruza Ventura, manobrista há 11 anos, aponta alguns carros que considera complicados. "O novo Citroën C4 Picasso tem freio de estacionamento no painel, perto da alavanca do limpador de parabrisa. Fui manobrar e disparei tudo. A dona do carro riu." Ela é uma das sete mil profissionais femininas no Estado, de acordo com o Sindicato dos Empregados em Estacionamentos e Garagens de São Paulo (Seeg), que registra cerca de 20 mil funcionários.
Para Aminadabe Jadiael, manobrar veículos não tem segredo. "O ideal é colocar o carro na vaga pensando em deixá-lo pronto para sair. Entrar de ré é mais fácil do que sair de ré", afirma. Segundo ele, o mais importante é saber lidar com o público. "Muita gente chega nervosa e com pressa e temos de transmitir confiança, mostrar que o carro está em boas mãos." Gilvan de Oliveira, manobrista há 18 anos, conta que a estratégia é sorrir. "O clima fica leve."
Mercado
"Trabalho não falta. Neste setor não há crise", afirma João Rocha, diretor do Seeg. Mas é preciso ter preparo. "As empresas exigem experiência. Também aplicam testes de manobra de carros com câmbio automático e manual para admissão", explica.
Fonte: Jornal da Tarde, 28 de fevereiro de 2009
Nota do Sindepark
O Sindepark, atento às crescentes exigências do mercado no que se refere ao aperfeiçoamento profissional do setor, promove cursos destinados a todos os níveis de colaboradores. E planeja, para este ano, novos treinamentos, com o objetivo de auxiliar as empresas na formação de pessoal cada vez mais qualificado, valorizando amplamente a atividade.