Em outra rodovia o preço do pedágio também tem valor picado: R$ 1,85 e R$ 3,75. Nas praças de pedágios do centro-oeste paulista, passam todos os dias mais de 50 mil veículos. Mesmo com um saco cheio de moedas, os cobradores têm dificuldade em arrumar o troco. "Não venço catar moeda", diz o funcionário do pedágio.
De acordo com a Artesp, só no estado de São Paulo, há 136 praças de pedágio. Somente em quatro delas, o valor da tarifa é cheio: R$ 4, R$ 5, R$ 6 e R$ 10. Mas em 80 praças, o valor da tarifa termina em R$ 0,05.
Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, os contratos determinam que, em todos os reajustes, o valor da tarifa de pedágio sempre deve ser arredondado para a dezena mais próxima, de R$ 0,10 em R$ 0,10.
Em São Paulo, por decisão da Secretaria estadual de Transportes, a determinação foi alterada e o valor passou a ser arredondado de R$ 0,05 em R$ 0,05.
Haja moeda para voltar de troco. Só em São Paulo são mais 23 milhões de veículos circulando pelas rodovias. Para os motoristas, o valor "quebrado" da tarifa também contribui para a perda de tempo nas praças de pedágio. "Sempre fica na fila, sempre tem que pegar troco, fica com um monte de moeda, é complicado", reclama o empresário Christian Mendes.
Poucos reclamam de pagar, mas a maioria gostaria que o valor fosse arredondado. Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo), 17 de junho de 2011