Fisicamente, a estocagem seria feita nas instalações dos produtores de etanol, que têm capacidade de guardar o produto por um prazo de seis meses. O consumo de um mês de etanol fica um pouco acima de 2 bilhões de litros.
Atualmente, as distribuidoras do combustível têm capacidade para estocar o produto por apenas cinco dias, o que não garante o abastecimento em períodos de escassez da matéria-prima.
A partir de agora, além desses cinco dias, as distribuidoras comprariam dos produtores etanol para garantir o fornecimento no país durante um mês. Além da compra da produção, as empresas pagariam um valor pela estocagem aos produtores.
Além do estoque, o governo vai passar a financiar a renovação de canavial somente dos produtores que se comprometam a usar recursos apenas para produção de etanol. Quem produzir açúcar não teria acesso ao dinheiro fornecido pelos bancos públicos federais.
O governo decidiu ainda manter a determinação para que a Petrobras eleve sua participação na produção nacional de etanol de 5% para 12% como forma de ajudar a regular o mercado. A estatal vai informar o governo em quanto tempo é possível ampliar sua produção.
Boa parte da alta da inflação neste início de ano foi causada pela falta do produto no mercado.
Fonte: Folha Online, 21 de junho de 2011