Além do custo das obras, estações maiores também sairiam mais caras por causa da necessidade de desapropriações. Ainda mais em bairros nobres como Higienópolis e Pacaembu. A estimativa agora é que poucos imóveis precisem ser declarados de utilidade pública para ceder espaço à estação.
Na região da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), por exemplo, apenas um estacionamento deverá ser desapropriado. Por outro lado, usuários da futura estação devem encontrar atrações dentro das estações. O Metrô estuda construir uma espécie de boulevard no túnel que vai interligar as três saídas previstas. Os planos constam no parecer técnico da companhia sobre a nova estação. A ideia é construir lojas e até mesmo um espaço cultural nesse caminho dos passageiros.
Os cálculos finais do Metrô apontam que a Estação Angélica-Pacaembu vai receber 29.090 usuários por dia - um aumento de 32% na demanda, em comparação com a antiga localização da estação, na Avenida Angélica. A parada anterior receberia diariamente 19.730 passageiros.
A Linha 6-Laranja será uma das mais caras da história do Metrô. Com custos inicialmente estimados em cerca de R$ 7 bilhões, deve ter seu valor final definido apenas após a conclusão do projeto básico. Esse alto custo é consequência da necessidade de se escavar em nível mais profundo - ela passa debaixo do Rio Tietê -, que encarece o processo construtivo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17 de junho de 2011