A situação continua a mesma em vários endereços da capital, como no primeiro quarteirão da Rua Itambé, entre a Avenida dos Andradas e a linha do metrô, no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, onde os flanelinhas cobram R$ 5 pela diária ou R$ 100 por mês. A geometria da quadra permitiu ao grupo transformar o espaço público em estacionamento particular, pois o trânsito no quarteirão é interrompido pelo muro que protege o trilho do metrô.
Pela lei, todo flanelinha cadastrado no município deve usar o uniforme que o identifica como um profissional apto a vigiar e lavar os veículos estacionados nas vias públicas de Belo Horizonte. A regra ainda diz que o dono do colete não poderá exigir uma quantia em troca da tradicional olhadinha de mentira. Porém, quem estaciona nas ruas e avenidas da cidade sabe que a norma não é obedecida por muitos guardadores de carro.
A PM sempre recomendou às vítimas que acionem o 190. Em 2008, a corporação deteve 198 flanelinhas por exercício ilegal da profissão. Outros 160 nos sete primeiros meses deste ano.
Mas só há extorsão porque muitos motoristas alimentam a famigerada prática. É comum ver flanelinhas com pencas de chaves nas mãos, numa clara confirmação de que há condutores que incentivam a máfia dos flanelinhas.
Fonte: Estado de Minas (BH), 27 de dezembro de 2009