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A Prefeitura de São Paulo estuda um projeto piloto para criar uma rede de ciclofaixas no bairro de Moema, na zona sul da capital. A proposta prevê 19 km de faixas exclusivas para bicicletas espalhadas pela região - no mesmo estilo das motofaixas existentes na Rua Vergueiro e na Avenida Sumaré. Elas ocupariam o lugar de antigas vagas de estacionamento, suprimidas há dois meses, segundo informou O Estado.
O projeto inicial foi elaborado por ciclistas, em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que indicou as ruas aptas para receberem as ciclofaixas. O documento foi entregue à chefe de gabinete da Secretaria dos Transportes. O titular da pasta, Marcelo Cardinale Branco, informou que vai analisar a proposta para depois decidir se vai adotá-la.
Caso o projeto seja implementado, Moema será o primeiro bairro com estrutura cicloviária completa em toda a cidade - projeto pioneiro também no Brasil. Atualmente, não existem ciclofaixas de deslocamento em São Paulo - a única existente é a Ciclofaixa de Lazer, que liga parques das zonas sul e oeste, mas que funciona apenas nos fins de semana e feriados e não é voltada para transporte.
A proposta prevê que 13 ruas do bairro - que já foram mapeadas - recebam as faixas. Elas deverão ser demarcadas do lado direito das pistas, onde havia as vagas de estacionamento. Não existirá separação física por meio de muretas ou gradis entre as faixas para bicicleta e o restante do tráfego. O modelo será parecido com o das duas motofaixas existentes na capital, demarcadas pela sinalização horizontal.
Projeto cria polêmica e divide moradores do bairro
Moradores e comerciantes de Moema foram pegos de surpresa pela segunda vez em menos de dois meses. Se a extinção de vagas de estacionamento nas ruas do bairro já dividia opiniões, o projeto de ciclofaixas também deve encontrar resistências.
"Adoraria andar de bicicleta, só não acho que uma faixa no chão vá resolver o problema dos carros", afirma o professor universitário Cristiano Resende. "É um projeto isolado, que não leva em consideração o fato de a exploração imobiliária trazer mais carros para o bairro", diz a psicóloga Fernanda Piva.
Quem também reclama são os comerciantes. Dono de uma farmácia na Rua Inhambu, José Rodrigues é a favor das bicicletas, mas só no fim de semana. "Tem de saber conciliar. Para o lazer, tudo bem, mas durante a semana tem de liberar para os carros", diz.
Moradores de Moema há 30 anos, os representantes comerciais Wilma Nunes e Américo Sociale adoraram a notícia. "Com as bicicletas, todo dia vai parecer domingo."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 2 de julho de 2010

Categoria: Geral


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