A parcela de paulistas endividados, mesmo que com os pagamentos em dia, também cresceu. Passou de 38% para 50% entre o mês passado e este mês, o que representa um salto de 31,6%. O estudo contou com amostra de 2,2 mil entrevistados.
A inadimplência só ficou abaixo da média do mês entre os que ganham até três salários mínimos (até R$ 1.395,00). Nessa faixa, 13% estão com pagamentos vencidos. Nas demais, a inadimplência atinge 19% dos entrevistados.
O endividamento também ficou levemente inferior à média do mês entre os consumidores de baixa renda. Nesse segmento, 48% têm dívidas. O índice de endividamento chegou a 52% na classe média, entre os que recebem de quatro a dez salários mínimos (de R$ 1.860,00 a R$ 4.650,00).
O cartão de crédito apareceu como o grande vilão das finanças, responsável por 44% das dívidas. Em seguida, aparecem o crédito consignado (31%), carnê (23%), cheque pré-datado (17%), cheque especial (16%), financiamento de carro (7%) e de casa (2%).
Em um cenário de incertezas diante da crise econômica mundial, os consumidores paulistas pretendem evitar contrair novas dívidas. Segundo o estudo, 86% não planejam fazer nenhum outro empréstimo nos próximos meses. Até porque, 5% acreditam que não terão como pagar as dívidas nos próximos meses. Além disso, 34% dos pesquisados têm débitos com prazo de quitação de mais de um ano e 35% já estão com as contas atrasadas há mais de 90 dias.
Fonte: Agência Estado, 13 de março de 2009