Por isso, se o parabrisa não estiver conservado, o air bag pode não funcionar corretamente. Por lei, esse tipo de vidro tem de ser laminado.
"Como o nome já diz, o vidro laminado tem uma lâmina plástica em sua composição. São mais flexíveis e não se estilhaçam", afirma o diretor-geral da fabricante de vidros automotivos Saint-Gobain Sekurit, Manuel Corrêa.
Corrêa recomenda que o proprietário do veículo dê atenção especial à qualidade do adesivo de fixação. "Se o vidro for expelido com a pressão da bolsa, ou até mesmo com a de um ocupante, não cumprirá corretamente sua função. Antes de fazer a substituição, deve-se verificar se a loja é especializada no serviço e se os funcionários são treinados", diz.
"Mais de 30% da resistência estrutural de um carro está ligada aos vidros", afirma Roberto Bocchi, gerente nacional de Vendas da Carglass, rede especializada em vidros para veículos. "Os preços dos parabrisas variam de acordo com o seu tamanho. Para modelos populares custam em média R$ 280,00. Mas podem passar de R$ 6 mil."
Lascas e pequenas trincas estão entre os danos que costumam ocorrer com mais frequência nos vidros. Nesses casos, é possível fazer a recuperação do componente.
"Manter as palhetas em bom estado de conservação e evitar o seu acionamento com o parabrisa seco é a melhor maneira de garantir sua integridade."
Entretanto, de acordo com as normas do Código de Trânsito Brasileiro, trincas ou fraturas de configuração circular são consideradas danos ao parabrisa. O regulamento também prevê que na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm de largura das bordas externas do parabrisa não devem existir trincas e fraturas de configuração circular.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 14 de março de 2009