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Para o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa, coordenador do Nucletrans (Núcleo de Transporte da Escola de Engenharia da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais), o transporte clandestino persiste na região metropolitana e em algumas áreas de Belo Horizonte (MG) em razão da ineficiência do setor público em gerir o transporte público de forma adequada. "O perueiro existe porque há um nicho de mercado, que é atendido pelo transporte clandestino. É obvio que a sociedade está procurando formas diferenciadas de transporte como forma de escapar de um transporte coletivo de baixa qualidade", disse, segundo veiculou o UOL.
As razões pelas quais essa fatia da população prefere utilizar o perueiro, segundo Gouvêa, são, primordialmente, a rapidez oferecida pelo transporte clandestino (tanto no deslocamento quanto na frequência), a falta de confiança do usuário no cumprimento dos horários dos ônibus regulares, a tarifa cobrada sem contrapartida no serviço prestado e o conforto aos passageiros.
"O poder público tapa o sol com a peneira e simplesmente tenta coibir o perueiro colocando a polícia em cima, mas não oferece nada em troca. O governo não vê que a sociedade se transformou, não dá mais para enquadrar todo mundo em um modelo engessado de transporte público. As pessoas são multifacetadas, desde os que podem pagar mais por um serviço diferenciado até os que necessitam de isenção como forma de sair de uma situação desfavorável", exemplificou.
Levantamento do DER revela que o número de passageiros transportados de forma legal por ano em todo o Estado de Minas Gerais caiu de 380 milhões de pessoas por ano há dez anos para 300 milhões.
Para Lindberg Ribeiro Garcia, assessor técnico da Subsecretaria de Transporte do Estado, órgão ao qual o DER está subordinado, o transporte pirata não absorveu a totalidade dos passageiros que deixaram de utilizar o meio regular, mas foi o principal causador da evasão.
"É claro que não podemos atribuir aos perueiros a totalidade da diminuição de pessoas, mas eles são responsáveis por pelo menos 80% da perda de passageiros", afirmou.
Questionado se ineficiência do transporte público teria sido uma das causas para a preferência de usuários em usar o serviço dos perueiros, Garcia discorda.
"Os perueiros não andam a não ser com lotação completa, muitas vezes com pessoas em pé, até umas no colo das outras, como já foi flagrado. Então, não existe essa lenda de que o perueiro veio para desafogar um sistema de transporte regular saturado. Eles não dão conforto para ninguém. É pura e simplesmente uma atividade pirata. E o pior, a população desavisada aceita isso com naturalidade", diz.
Fonte: UOL Notícias, 12 de março de 2009

Categoria: Geral


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