Outras distorções são mais gritantes. Nos Estados Unidos, 75% dos veículos têm ABS e todos contam com bolsas infláveis. Na Europa, mais de 70% dos carros já saem também com airbags laterais e controle eletrônico de estabilidade. No mercado brasileiro, estima-se que apenas 25% deles possuam airbags e 15%, ABS.
As marcas, por lá, mostram que tais dispositivos podem fazer muita diferença. Segundo estudos do NHTSA, órgão federal responsável por normas de segurança dos veículos nos Estados Unidos, o airbag pode reduzir o risco de fatalidade em acidentes em até 12%. Combinado com o cinto de segurança, pode diminuir em até 51% a possibilidade de morte em uma colisão.
O custo com acidentes de trânsito no Brasil é assustador, ressalta a Auto Press. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) diz que eles consomem R$ 25 bilhões anuais dos cofres públicos. Já um estudo do Cesvi Brasil revela que, se o airbag fosse obrigatório desde 2001, 3.426 vidas teriam sido salvas até 2007 - 489 mortes por ano. No mesmo período, 71.047 feridos leves teriam saído ilesos. Economia de R$ 2,2 bilhões em seis anos. Vale destacar que os números se referem apenas ao airbag para o motorista.
Fonte: Auto Press, 14 de março de 2009