Com 117 vagas dispostas em uma área de 2.700 m2, a garagem é um sucesso. Diariamente, recebe em rodízio cerca de 300 carros. "O esquema aqui é perfeito", diz Fabiola. "Só acho que o espaço é pequeno. Chego às 10 horas e o estacionamento já está repleto de carros." A promessa é que a ampliação saia logo.
Até o fim do ano, o Metrô pretende inaugurar outras sete garagens e, em 2010, mais duas. Entre as novidades está o segundo estacionamento da Estação Santos-Imigrantes, com 160 vagas. "A ideia é estimular o paulistano a deixar o carro e usar o transporte público com conforto e segurança", explica Cristina Bastos, chefe do departamento de negócios do Metrô.
Além de prático, o estacionamento do Metrô é mais barato que a média do mercado. Deixar o carro ao lado da Estação Vila Madalena por doze horas, por exemplo, custa até R$ 30,00. Na garagem da Santos-Imigrantes, o mesmo período, mais duas passagens do metrô, sai por R$ 8,45. O preço deve variar nas outras estações. São as concessionárias que adquirem o direito de administrar o estacionamento por licitação que determinam o preço. A concorrência para as novas obras deve ser finalizada em julho próximo.
O custo da implantação das estações é dividido entre essas empresas e o Metrô.
Apesar do sucesso, os novos estacionamentos são alvo de algumas críticas. "O projeto poderia contemplar a construção de terminais de ônibus próximos às estações de metrô", diz Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Segundo ele, enquanto um estacionamento com 150 vagas atende cerca de 900 paulistanos por dia, um terminal pequeno, com apenas cinco linhas, pode ser utilizado por 9.000 pessoas no mesmo período. "Mas, como boa parte dos usuários das garagens faz atualmente seu trajeto inteiro de carro, a iniciativa é eficiente", ressalta Figueira.
Fonte: Revista Veja São Paulo, 6 de maio de 2009