Os socorristas chegam preparados para estancar hemorragias, garantir oxigênio a quem tem falta de ar. E quando há médicos na equipe, eles podem aplicar sedativos e induzir o coma, para o paciente resistir à viagem até um hospital.
Para quem testemunha um acidente, um alerta: nunca mexa numa vítima. "A gente sabe que muita gente já acabou perdendo a vida por causa de um ato intempestivo de alguém que tentou ajudar e que o indivíduo tava com a coluna cervical instável, foi removido, isso daí causou uma lesão da medula e o indivíduo acabou ou ficando paraplégico ou eventualmente até perdendo a vida", diz João Ricardo Duda, médico socorrista.
Como o atendimento a acidentados é muito específico, o que se sugere a quem queira ajudar é cuidar da sinalização, desde que, claro, haja condições de segurança para isso. Se o carro, por exemplo, não estivesse parado no acostamento, e sim no meio da pista, o ideal seria ter mesmo o triângulo a 30 m de distância, como manda a lei, mas continuar caminhando mais 100, 150 m para sinalizar para os outros motoristas.
"Que ela faça a gesticulação com a sua mão, indicando a faixa que está livre para aquela pessoa que se aproxima do local e também quando houver um grande fluxo de veículos que ela peça uma redução de velocidade daqueles veículos que se aproximam de uma formação de fila ou de congestionamento", diz Marcelo Belão, coordenador de tráfego da Ecovia.
E como ainda assim há motoristas que não conseguem parar nos congestionamentos, outro alerta: curiosos às margens da rodovia atrapalham o serviço de resgate, complicam o trânsito e correm sério risco de morte. Então, o certo é chamar quem tem preparo para socorrer as vítimas.
Fonte: Jornal Hoje, 4 de maio de 2009