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Na manhã do dia 28 de abril, os semáforos do cruzamento da Avenida Paulo VI com a Praça Márcia Aliberti Mammana, em Perdizes, ficaram totalmente apagados por duas horas e meia até a chegada de uma equipe da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O encontro das avenidas Marquês de São Vicente e Doutor Abraão Ribeiro, na Barra Funda, também sofre panes com frequência. Esses são apenas dois exemplos de várias vias da cidade que têm sido vítimas desses apagões. As panes costumam causar o caos no trânsito da região, relata a Veja São Paulo. "Uma falha de 15 minutos no cruzamento entre duas avenidas movimentadas no horário de pico é capaz de provocar uma fila de até 1 quilômetro", explica o engenheiro de transporte Jaime Waisman, professor da USP.
Para descobrir a causa desses blecautes constantes - ou pelo menos uma delas -, a reportagem de Veja São Paulo avaliou duas lâmpadas queimadas, retiradas de um cruzamento da Rua da Consolação. Importadas da Hungria, as luzes halógenas têm uma vida útil de 2.000 horas, segundo especificações de fábrica. A CET, no entanto, informa que as utiliza por até 8.000 horas, o quádruplo do tempo. "Não significa, necessariamente, que elas queimarão logo depois do prazo estipulado, mas a probabilidade de isso ocorrer aumenta muito", afirma Giuseppe Antonio Meliande Neto, analista de produto da ELP, empresa que comercializa as lâmpadas. Aqui vale a analogia com um produto vencido. Se uma pessoa consumir um iogurte após dois ou três dias da data de validade, provavelmente não terá nenhuma indisposição. Mas, se esse prazo se estender, o risco de problemas aumenta. Segundo o laudo da fábrica, os exemplares analisados apresentavam ruptura de filamento e fissuras na área do bulbo, o que impedia o funcionamento.
De acordo com a CET, cerca de 30% das 175.000 lâmpadas que equipam os 5.918 cruzamentos semaforizados da cidade são halógenas, ou seja, semelhantes ao modelo avaliado. Considerando-se que a luz verde do semáforo de grandes avenidas fica acesa, em média, por 14 horas diárias, ela teria de ser reposta em cinco meses. O cronograma da CET prevê substituições a cada um ano e meio. Entre janeiro e fevereiro, a cidade ficou três semanas sem nenhum tipo de manutenção em seus semáforos. O contrato, com um serviço terceirizado, foi retomado em 26 de fevereiro. Ainda assim, a CET recebe cerca de 300 reclamações diárias. As 26 equipes da empresa contratada e as nove da CET chegam a trocar cerca de 4.000 lâmpadas de semáforos todo mês.
A promessa da prefeitura é substituir gradativamente a rede de halógenas e incandescentes convencionais pela tecnologia LED. Mais modernas e quase 100 vezes mais caras, essas lâmpadas duram até 100.000 horas e exigem menos gastos com manutenção. Além disso, são 90% mais econômicas que as tradicionais e não apagam totalmente mesmo depois de uma pane. Apesar dessas vantagens, apenas 10% dos semáforos da cidade estão equipados com LEDs.
A CET precisa prevenir ainda a rede semafórica contra variações de tensão e descargas elétricas durante tempestades. Cerca de 2.500 cruzamentos não têm proteção eficiente contra esses imprevistos. Resultado: a cada chuvarada, cerca de 100 semáforos queimam ou apagam.
Fonte: Revista Veja São Paulo, 6 de maio de 2009

Categoria: Geral


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