Mas a valorização do local está apenas começando. "Há uma série de novos projetos imobiliários em andamento, atraídos pelas mudanças, que devem ser concluídos juntamente com as obras de urbanização", avalia o diretor de Estudos Especiais da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia. Ele acredita que os novos empreendimentos mudarão o aspecto do largo, mas a área deve manter vocação comercial. Os prédios antigos serão reformados ou demolidos e darão origem a estabelecimentos mais modernos.
O comércio popular local também deve passar por uma reestruturação visual. Grande parte dos ambulantes que trabalha no entorno já foi retirada, ficando apenas os cadastrados. Mas esses serão retirados com a conclusão das obras e encaminhados para um shopping popular.
O projeto da Prefeitura prevê a transferência dos terminais de ônibus da Avenida Faria Lima para a Rua Capri, o que deve ocorrer até o fim de 2009. No local, será instalada uma estação intermodal, reunindo terminais de ônibus, estações de trem e metrô, um estacionamento e um bicicletário. O terreno da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) foi desapropriado e será transformado em uma praça cultural. O trecho final da Rua Cardeal Arcoverde será fechado e integrado à praça. A Rua Sumidouro está sendo prolongada e deverá cruzar a Faria Lima. Os ônibus que hoje descem pela Cardeal passarão a circular pela Sumidouro.
Os postes da praça serão retirados e os fios, aterrados, a exemplo do que foi feito nas Ruas Oscar Freire e Avanhandava. "As calçadas serão alargadas e as ruas estreitas servirão de passagem apenas de pedestres. A praça vai ganhar nova iluminação e plantio de árvores", diz o engenheiro Jaime Waisman, cujo projeto, em parceria com o arquiteto Tito Lívio Frascino, ganhou o concurso para revitalização do Largo da Batata, em 2001.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de novembro de 2008