O estudo revelou que a maior variação negativa foi no setor de Veículos, que puxou o índice geral para baixo, registrando queda de 3,46%. Já o segmento de Feiras elevou o IPV, apresentando alta de 2,12%.
Análise setorial
Conforme revela a Fecomercio-SP, além de Feiras, Eletrodomésticos se destacaram com o maior aumento de preços, segundo mostra a tabela a seguir:
Índice de Preços no Varejo
Grupo Variação mensal
Supermercados 0,40%
Vestuário, Tecidos e Calçados - 0,71%
Feiras 2,12%
Eletroeletrônicos e outros - 0,74%
Drogarias e Perfumarias 0,79%
Eletrodomésticos 1,03%
Veículos - 3,46%
Móveis e Decorações 0,63%
Destaques
Ainda de acordo com o levantamento, a alta nos alimentos, representados por Supermercados, Feiras, Açougues e Padarias, que, juntos, representam 40% do IPV, foi causada principalmente pela instabilidade climática.
Segundo a economista da Fecomercio, Julia Silveira Ximenes, houve menor oferta de produtos no varejo e consequente alta de preços por excesso de escassez de chuva. "É o caso do trigo consumido no Brasil que vem da Argentina. Lá, a seca prejudicou a safra do produto e afetou o abastecimento."
A expectativa para os próximos meses é que os produtos inflacionem o aumento do índice geral, de acordo com Julia. No entanto, ela prevê que as proporções sejam inferiores às registradas no ano passado.
Em contrapartida, o segmento de Veículos vem apresentando queda desde setembro, quando a crise financeira internacional começou a dar sinais no Brasil. "Com a retração das vendas e o encurtamento de prazos para financiamento, houve excedente de oferta, grande parte das montadoras concedeu férias coletivas com o objetivo de reduzir os estoques", afirma a economista. Ela ainda lembra que a redução no IPI para os modelos populares faz com que os preços se reduzam.
Fonte: Fecomercio, 16 de fevereiro de 2009