Luz vermelha acesa (09/02/2009)
Uma conjunção de fatores que soma desdém pelo patrimônio público, vandalismo e os aguaceiros do verão está dificultando ainda mais a vida do motorista carioca. É fácil deparar com sinais de trânsito avariados, mesmo em vias de circulação intensa, como as avenidas Atlântica, em Copacabana, e Borges de Medeiros, na Lagoa. Os problemas são muitos: postes que sofreram colisão ou estão entortados pela ação do vento e outros com luzes apagadas ou de visualização difícil, isso sem contar os conjuntos surrupiados. O Rio de Janeiro tem aproximadamente 30. 000 semáforos. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) calcula que 540 conjuntos e 360 postes tiveram de ser recuperados no ano passado. Feitos de alumínio, os blocos luminosos tornaram-se alvo de ladrões para revenda em ferros-velhos. As áreas mais atingidas são na região da Leopoldina, Estácio e Cidade Nova, além de bairros da Zona Norte. Para coibir a ação dos criminosos, a CET-Rio já substituiu o alumínio de alguns conjuntos por plástico, material mais barato. Outra medida preventiva foi aumentar a altura dos sinais laterais e prendê-los com dois suportes para torná-los mais resistentes.
A fiscalização é feita por meio de câmeras de controle de tráfego e pelas equipes da CET-Rio que circulam pela cidade. Há quatro anos, a companhia criou o serviço Disque-Sinal, que funciona 24 horas por dia, para registrar queixas da população e dar mais eficiência à reparação dos equipamentos de trânsito.
Fonte: Revista Veja (Rio), 9 de fevereiro de 2009