"Mesmo que o preço do novo suba com o fim dos descontos do IPI, a oferta de usados ainda continuará alta, impedindo a valorização desses carros", prevê Renato César, gerente de vendas da concessionária Diabel. "Antes da crise, o preço dos usados estava supervalorizado, pois faltava carro novo."
Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), concorda. "É pouco provável que o preço do usado decole nos próximos meses", afirma.
Mas Lacerda alerta: "Faça as contas para saber se a espera compensa. Há sempre um custo mensal com manutenção, seguro, estacionamento e IPVA".
Para piorar a situação dos usados, além da falta de crédito, dos juros elevados e da redução do IPI, alguns carros novos perderam equipamentos e estão mais baratos. A Fiat, por exemplo, lançou o Siena Fire 2010 sem direção hidráulica de série. "A diferença de R$ 2.600,00 vai refletir no preço do seminovo", diz Paulo Guero, gerente da Paulimar.
Fonte: Folha de S. Paulo, 5 de abril de 2009