No período da manhã, os congestionamentos ainda duram das 7 às 9 horas, mas, à tarde, o sufoco, que começava por volta das 18 horas e ia até as 20, costuma terminar só às 21 horas, todos os dias da semana, exceto domingos. De acordo com o diretor de Operações da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Edson Amorim, os congestionamentos obedecem a uma dinâmica conhecida de horários. "No período da manhã, as entradas da cidade são mais congestionadas e exigem, muitas vezes, o deslocamento de agentes da empresa e guardas municipais para impedir que haja bloqueios nos cruzamentos e o auxílio a carros quebrados para normalizar o fluxo", considera.
A explicação para os vários nós entre as vias remonta aos projetos de construção da cidade, no século XIX, considera o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. "O desenho da cidade é radioconcêntrico Como se fosse um tabuleiro de xadrez com ruas, sobreposto por outro, com as avenidas. Isso força muito o tráfego para o centro da cidade", alega. De acordo com ele, a área central é atravessada por um grande volume de tráfego que chega pelas avenidas mais importantes, mas que é apenas de passagem e travessia. "Daí a importância de a prefeitura desenvolver esses corredores que interligam os vários polos para fora do centro, para esse tráfego que não tem necessidade de passar pelo centro", defende Cesar.
Fonte: Hoje em Dia (BH), 3 de maio de 2009