Na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, um guardador com o antigo colete cinza ainda vendia tíquetes cor de laranja. Segundo ele, não vale a pena ser contratado pela nova concessionária.
"Quando compro o talão da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio), eu tiro uns R$ 60,00 por dia", contabiliza o flanelinha que não quis se identificar; o que resulta é um ganho mensal de R$ 1.500,00, valor bem acima do pago a um guardador contratado pela Embrapark, que administra o sistema.
Os novos tíquetes de cor azul substituíram os laranjas e se tornaram obrigatórios. Mas nem todos os motoristas se adaptaram à nova cor, ou melhor, à regra. No estacionamento da Avenida Prado Junior, em Copacabana, das 23 vagas, oito carros estavam sem o cartão e três utilizavam o antigo.
Na Avenida Epitácio Pessoa, no entorno da Lagoa, o auxiliar de administração Fábio Marques estacionou sem o tíquete. "Eu procurei o guardador mas não encontrei. Minha esposa estava com pressa então tive que deixar sem nada, fiquei com um pouco de medo de levar multa", conta.
Na Rua Joana Angélica, em Ipanema, quem conseguia uma vaga encontrava um segundo desafio, achar um guardador. Segundo a Embrapark, vários guardadores faltaram ao serviço.
Fonte: Jornal do Brasil (RJ), 5 de maio de 2009