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Os pneus são o contato dos carros com a realidade. Mesmo assim, passam despercebidos para mais motoristas do que se imagina. Um terço dos proprietários de veículos de passeio nos principais mercados da América Latina trafegam com pressão baixa em ao menos um deles, segundo um estudo da Bridgestone, divulgado pelo site WebMotors.
E um em cada seis motoristas dirige o carro com pneus abaixo do limite mínimo de segurança, ou 10 psi (libras por polegada quadrada) abaixo do recomendado pelo fabricante do automóvel. E essa "despreocupação" não chega a ser exclusividade dos chamados mercados emergentes. Uma espécie de blitz da Michelin em 18 países europeus revelou que 66% dos carros rodavam com pneus com baixa pressão. Um erro que, obviamente, compromete a segurança do veículo, aumenta o consumo de combustível e desgasta prematuramente o pneu. Mas que também afeta outros componentes do carro, desde a suspensão até encaixes do habitáculo.
O descaso mais comum é com a calibragem. Além de desgastar mais, a baixa pressão aumenta a temperatura interna do pneu e deixa o equipamento mais vulnerável a impactos, pois a borracha sofre uma compressão maior quando cai em um buraco, o que aumenta o risco de rompimento da estrutura interna. Ao mesmo tempo, desgasta mais as extremidades do pneu. A pressão maior que a recomendada no Manual do Proprietário, por sua vez, além de aumentar o desgaste no centro da banda, afeta até mesmo o conforto. O carro passa a vibrar mais, o que pode ocasionar folgas de peças internas e diminuir a durabilidade de amortecedores e molas. "Pneu é parte da suspensão. É como se enrijecesse toda a suspensão do veículo", resume Flavio Santana, gerente de marketing de produto de pneus de passeio e caminhonetes da Michelin.
Calibragens desiguais entre os pneus também afetam outras peças do veículo. Em um mesmo eixo, um pneu com pressão elevada e outro abaixo da especificação força o diferencial do carro. E todos os fatores incidem inevitavelmente no fator segurança. A baixa pressão força um desgaste maior dos ombros dos pneus, compromete a estabilidade em curvas e torna a direção mais pesada. No outro extremo, o excesso de pressão causa desgaste mais acentuado no centro da rodagem e pode ocasionar rachaduras na base dos sulcos, além de ficar mais propenso a estouros por impacto e perfuração por objetos.
"Um dos primeiros equívocos encontrados nas ruas são os pneus com calibragem inadequada. O uso da pressão correta no pneu garante a melhor dirigibilidade", ressalta José Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone.
Mas há também as mudanças de aros de rodas e perfis de pneus, que são um verdadeiro pesadelo para os engenheiros automotivos. É comum se deparar com carros compactos com rodas enormes e com pneus com perfil muito baixo. A procura por um visual mais esportivo através das rodas, porém, potencializa os problemas. Como foge das especificações, compromete itens como suspensão e até a dirigibilidade do carro. O ideal para se mudar os diâmetros de rodas e pneus seria, em conjunto, alterar discos de freio, molas, amortecedores, entre outros.
Mitos e verdades
Os principais "mandamentos" dos pneus passam por simples vistorias visuais até o famoso rodízio. A principal recomendação dos especialistas é a verificação do TWI. É a sigla para Tread Wear Indicators - indicador de desgaste da banda de rodagem -, que aparece no início dos sulcos do pneu. O limite de segurança é de 1,6 mm de profundidade dos sulcos, ou seja, quando o TWI se nivela com a banda é hora de trocar o pneu. As pressões devem ser verificadas semanalmente com os níveis determinados no Manual do Proprietário. O ideal é calibrar os pneus logo depois de ligar o carro, quando estão frios. O aumento de temperatura provoca um aumento da pressão interna e, ao se verificar a pressão, pode-se encontrar uma pressão maior. Com pneu quente, deve-se adicionar 4 psi à recomendada e voltar a verificar a pressão quando estiver frio.
Na hora da troca, deve-se manter pneus da mesma marca em um único eixo. "Todos os modelos de pneu são diferentes um do outro, apresentando uma construção e disposição de lonas distintas para atender às especificações do fabricante", lembra Roberto Giorgini, coordenador de Marketing de Pneus da Goodyear. Ao mesmo tempo, os mais novos devem ser colocados na parte de trás. "A perda de aderência nos pneus dianteiros é sempre mais controlável pelo motorista, que pode utilizar o volante, o freio e o acelerador para compensar o problema", garante Quadrelli, da Bridgestone.
Um lugar-comum, mas importante, é o rodízio de pneus. A cada 5 mil km, recomenda-se passar os pneus traseiros para frente e vice-versa. Uma forma de equalizar o desgaste, já que em carros de tração dianteira os pneus da frente tendem a se desgastar mais rapidamente que os traseiros.

Dicas para os pneus - automóveis de passeio
- Os pneus devem obedecer a mesma medida ou medida opcional recomendada pelo fabricante do automóvel.
- O desenho da banda de rodagem tem de ser compatível com o tipo de veículo e o uso que se faz dele.
- O índice de carga e o símbolo de velocidade devem estar adequados para o tipo de veículo.
- A montagem de pneus de dimensões ou construções diferentes num mesmo veículo deve ser evitada.
- Pneus radiais novos não devem ser misturados com pneus convencionais ou reformados.
- No caso de dois pneus novos, o ideal é colocá-los no eixo traseiro do veículo.
- Bicos e válvulas também devem ser novos na hora de trocar os pneus.

Calibragem dos pneus
- As pressões de ar devem ser verificadas semanalmente ou, no máximo, a cada 15 dias.
- É aconselhável uma checagem das pressões antes de viagens longas. Se o veículo estiver carregado, a pressão de ar pode ser elevada de 2 a 4 libras/pol2, desde que o aumento não ultrapasse a máxima recomendada pelo fabricante.
- A checagem da pressão de ar deve ser efetuada sempre com os pneus frios. Um pneu de automóvel, dependendo do percurso percorrido e da velocidade a que foi submetido, demora entre 1 e 2 horas para esfriar.
- O pneu não pode ser "sangrado" - retirar ar quente do pneu.
- A pressão de ar tem de respeitar a indicada pelo fabricante do veículo no Manual do Proprietário.
- Válvulas devem ser analisadas para ver se não apresentam vazamentos e se estão com suas respectivas tampas.
- O estepe também deve ser calibrado.

Rodízio de pneus
- O rodízio deve ser feito em intervalos de 5 mil km.
- O primeiro rodízio é o mais importante.
- Após o rodízio, deve-se fazer o alinhamento da direção, o balanceamento e a pressão de ar dos pneus.

Quando trocar os pneus
- Desgaste da banda de rodagem com o mínimo permitido: TWI = 1,6 mm.
- Sinais de danos e/ou avarias acidentais, como cortes, avarias, bolhas etc.
- Depois de rodar com baixa pressão de calibragem ou sobrecarga e sofrer algum dano.
Fonte: site WebMotors, 20 de outubro de 2009

Categoria: Geral


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