A preocupação da Cetesb com as motos não é sem motivo. A frota, que aumenta em uma velocidade de 8% ao ano, emite entre 10 a 12 vezes mais poluentes do que veículos automotores. Em 2007, por exemplo, foram responsáveis por 17% de todo o monóxido de carbono emitido na atmosfera de São Paulo. "E isso leva em conta também a emissão das indústrias", afirma o engenheiro da Cetesb Olímpio Melo Alvares, que defendeu no Conama a proposta.
Melo Alves explica que a produção de motos ficou muito tempo sem se preocupar com a redução na emissão de gases poluentes. Somente em 2002, com o lançamento do Promot - a versão para motos do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) -, a preocupação com motores mais limpos começou a surgir. "Hoje motos novas são muito menos poluentes."
Os parâmetros sugeridos pelo órgão foram inspirados nas regras de outros países. Os níveis brasileiros de exigência vão aumentando de acordo com o ano de fabricação da moto. Em 2011, os porcentuais são mais apertados. Na versão final, por exemplo, os índices de hidrocarbonetos permitidos para motos 2009 é um décimo do limite que havia sido sugerido inicialmente.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 22 de outubro de 2009