De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a instalação dos radares já estava prevista em junho do ano passado, quando se proibiu a circulação de caminhões entre as 5h e as 21h em uma área de 100 km2, pouco maior que o centro expandido. Na época, foi feita licitação para os equipamentos. Só agora, devido à burocracia, entraram em operação. O custo total foi de R$ 18,6 milhões.
Em julho deste ano, a Prefeitura aprovou também a restrição de circulação de ônibus fretados no centro expandido. Os radares novos, segundo a CET, também servirão para ajudar a fiscalizar o cumprimento dessa norma.
Se o motorista comum pensa que os radares servirão só para caminhões e fretados, as autoridades de trânsito deixam claro que os aparelhos foram instalados para flagrar também infrações como invasão de pista exclusiva para ônibus e desrespeito ao rodízio de carros. A rua Estados Unidos, por exemplo, ganhou dois radares, um na esquina com a avenida Nove de Julho e outro entre as ruas Joaquim Eugênio de Lima e Augusta. Outros locais onde há grande fluxo de cargas também foram contemplados pela fiscalização, como as ruas José Paulino e Ribeiro de Lima, no Bom Retiro (região central), famosas por suas lojas de roupas. Desses 25 novos radares, os Jardins receberam o maior número: dez. O centro recebeu mais oito; Pinheiros, seis; e o Itaim Bibi, um. No total, São Paulo tem 121 radares fixos. Também foram feitas licitações para lombadas eletrônicas. Até agora, segundo a CET, cem delas foram trocadas, 44 foram instaladas e nove serão implantadas até o fim do ano.
Falta de sinalização
Embora os novos radares já estejam operando desde agosto, muita gente ainda é pega de surpresa, principalmente pela ausência de sinalização. A CET informa que, de acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, a sinalização só é obrigatória em equipamentos que fiscalizam velocidade.
Fonte: Folha de S. Paulo, 25 de outubro de 2009