Segundo o promotor do Juizado Especial Criminal, Mário Antônio Conceição, o cidadão não pode ficar refém de criminosos. "Muitos flanelinhas têm um passado de violência e personalidade agressiva. Falta resposta mais efetiva do Poder Judiciário às ações policiais. A simples alegação de que o trabalho predomina não pode ser sustentada. Não é possível deixar de aplicar a lei por causa de um problema social", comenta.
O integrante do Ministério Público já fez várias denúncias nos últimos anos por atuação irregular nas ruas de Belo Horizonte, mas, por tratar-se dos chamados crimes-anões, os processos muita vezes são rapidamente arquivados. Outra dificuldade é comprovar a prática.
O promotor orienta a população a não fazer "vista grossa" para esses delitos. "A passividade contribui para esse tipo de conduta. O problema é que todos se sentem acuados e sem capacidade de reação. Se todos ligassem para registrar ocorrência, a reação do poder público seria mais intensa", afirma.
Fonte: Estado de Minas (BH), 19 de outubro de 2009