Conforme constatou a reportagem da Folha de S. Paulo, no pequeno trecho de asfalto entre os dois semáforos cabem cerca de 40 veículos. Nos segundos finais do sinal verde - que dura um minuto e 20 segundos -, o espaço geralmente já está tomado por carros e o motorista fica indeciso entre esperar (e perder a passagem) e seguir adiante (e ficar atravessado no cruzamento). Não é raro que os condutores, nos primeiros segundos do vermelho, percebam uma brecha e decidam furar o sinal.
É comum ver outros carros que, pela pressa, ficam parados na faixa de pedestres. Outros preferem se adiantar à abertura do sinal verde para avançar. O represamento causado pelo segundo semáforo existe para permitir a entrada na Domingos de Morais dos veículos que trafegam pela Afonso Celso, uma via de menor fluxo.
O local será vistoriado nos próximos dias pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para verificar se alterações na temporização dos semáforos podem melhorar a fluidez do trânsito. Os semáforos da região são sincronizados com o auxílio de computador, segundo a CET, mas o próprio órgão admite que "ocasionalmente" o cruzamento pode ficar fechado por excesso de veículos.
Outro cruzamento
No largo do Arouche (Centro), o motorista que entra na av. Duque de Caxias a partir da rua Jaguaribe também enfrenta dificuldades para seguir no sinal verde durante a hora do rush, por causa de um semáforo seguido do outro. Em vez de espaço para 40 veículos, como na Domingos, só cabem oito carros no espaço entre semáforos. A CET afirma que fiscaliza o local constantemente para evitar infrações de trânsito.
Fonte: Folha de S. Paulo, 25 de outubro de 2009