A companhia admite que precisaria aumentar, no mínimo, em 30% a quantidade de ruas e avenidas monitoradas - hoje são apenas 868 de 15,5 mil km de vias.
"A meta é chegar a 10% ou 15% do viário, já que não passa de 1.200 (km de vias) as que influenciam significativamente as viagens", afirma Eduardo Macabelli, diretor de operações da CET.
A companhia diz contar com 2.400 agentes de trânsito, divididos em quatro turnos - em média, 600 por período.
Segundo marronzinhos, só metade atua efetivamente nas ruas, já que parte está em trabalho administrativo ou afastado do serviço. Dia 27 de dezembro, só 1.073 estavam atuando, de acordo com agentes.
Sem contato
Os meios de comunicação entre os marronzinhos são outro obstáculo. Segundo os agentes, o sistema de rádio pega mal em áreas mais afastadas.
Outra ferramenta usada por eles também é criticada: um aparelho - espécie de palmtop - que transmite dados às oito gerências da CET por mensagens de texto e também serve como celular.
"Com essa nova tecnologia, o operador liga para o gestor, que vai ligar para outro celular para mandar apoio a um local. Diminui a eficiência", diz o presidente do Sindviários, Reno Ale.
A inexistência de um sistema integrado entre a CET e a empresa que gerencia a frota de 15 mil ônibus na cidade, a SPTrans, é outro item que prejudica o monitoramento.
A experiência de Londres, que reúne numa central todos os sistemas de transporte da cidade, seria um exemplo, segundo Valter Vendramin, assessor técnico da Secretaria Municipal de Transportes.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28 de dezembro de 2012