Nos carros novos com motor 1.0, o IPI, que era zero, vai para 2% até março. Em abril, o imposto sobe pra 3,5% e permanece até junho, quando a alíquota deve chegar a 7%. No caso dos modelos com motor até 2.0, o IPI vai subir de 5,5% para 7%. Em abril, aumenta para 9%, chegando a 11% em julho.
"O consumidor tem tempo de ir adequando as contas, porque tem que pagar IPTU, IPVA, escola de criança, uma série de gastos em janeiro e fevereiro. Se você coloca um aumento de IPI integral em janeiro, você acaba perdendo um pouco do ritmo de vendas", explica Paulo Roberto Garbossa, professor de gestão de negócios automotivos.
Com o aumento do IPI, o consumidor vai pagar em um carro popular básico R$ 400 de imposto. Já um modelo 2.0, de R$ 60 mil, o IPI vai custar R$ 3,5 mil. Porém, esses números podem mudar durante a negociação e a favor do consumidor.
Segundo os economistas, o crédito com juros mais baixos, a concorrência entre as montadoras e os estoques altos, com carros a preços antigos, devem estimular as promoções nas concessionárias. "Todo mundo quer o consumidor, então você tem que pesquisar o produto, a marca, a instituição financeira. Você vai ter que andar bastante para definir o que quer para poupar seu dinheiro", orienta o professor.
O IPI em produtos da linha branca também começa a subir. Em fevereiro, o imposto do fogão vai para 2%, e o da geladeira sobe de 5% para 7,5%. O imposto da máquina de lavar continua como está, em 10%.
Fonte: Jornal Hoje (Rede Globo), 2 de janeiro de 2013