Também estavam inoperantes equipamentos em avenidas de tráfego intenso, como a do Estado (na área central), Aricanduva (zona leste) e Inajar de Souza (norte).
Vários cruzamentos, como o da alameda Joaquim Eugênio de Lima com a rua Caconde (zona oeste), não tinham marronzinhos para organizar o tráfego. "Quase aconteceu acidente. Não dá para ver os outros carros vindo", disse o taxista Aparecido Felício.
A manutenção dos semáforos paulistanos é feita por 45 equipes da empresa Serttel, contratada por 15 meses, em 2010, por R$ 13,7 milhões. O contrato foi prorrogado duas vezes - a última no dia 14, por três meses - e subiu para R$ 27,2 milhões no total.
De acordo com o presidente do Sindviários (sindicado dos agentes de trânsito de SP), Reno Ale, a demora na renovação pode ter afetado o ritmo da manutenção. "Ela (a Serttel) não sabia se continuaria prestando serviços." Outro ponto, afirma, é a falta de materiais.
A Serttel confirma a falta de peças. "A troca de placas eletrônicas, necessárias para que os semáforos voltem a funcionar normalmente, está sendo realizada à medida que as mesmas são entregues", disse a empresa.
A situação também é agravada pelo sistema atual - 65% dos semáforos eletrônicos não estão conectados a uma central. Na prática, isso engessa o trabalho das equipes, já que é necessário se deslocar até o local para reprogramar os aparelhos, mesmo que a energia volte.
Outro problema é a falta de no-breaks, que evitam desligamento em caso de apagão.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28 de dezembro de 2012