Dia 4, a Secretaria Municipal dos Transportes publicou no Diário Oficial da Cidade um termo em que se compromete a repassar 5% do total - R$ 45 milhões - para o Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset), informa O Estado. Essa destinação é prevista pela legislação. O restante, segundo a pasta, será usado na própria capital em sinalização de trânsito, treinamento de marronzinhos, orientação do tráfego e campanhas de educação, além de manutenção de semáforos e projetos viários. Em 2011, a previsão era de levantar R$ 638 milhões com multas em São Paulo, 45% a menos. Naquele ano, foram efetivamente arrecadados R$ 747 milhões. Dividido pelos 7,3 milhões de veículos registrados na cidade, entre carros, motos, ônibus e caminhões, o total que a Prefeitura prevê arrecadar em 2013 faz com que, em média, cada motorista paulistano pague R$ 125 em multas.
Atualmente, a cidade tem 581 radares fixos instalados nas ruas, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O consultor Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), entende que a aplicação de multas na capital é um mal necessário. "Se a Prefeitura quiser, pode arrecadar até um valor bem mais alto que R$ 900milhões. Se ela fizer isso, ou seja, se aplicar mais multas, creio que a sociedade vai começar a acordar para o problema e o trânsito ficará mais seguro."
Infrações
De janeiro a novembro do ano passado, as infrações por desrespeito ao rodízio de placas ficou em segundo lugar no ranking das multas aplicadas pelos agentes de trânsito. Foram 2.007.391. Já o estacionamento em lugar proibido se manteve na terceira colocação, com 919.974 multas.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de janeiro de 2013