Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, gerido pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Assistência à Saúde, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais. Constam do levantamento unidades hospitalares públicas ou particulares conveniadas ao SUS, que documentam os números por meio da AIH (Autorização de Internação Hospitalar).
O maior volume de internações pelo SUS ocorreu em Santo André (795), seguido por Diadema (533), Mauá (434), São Bernardo (200), São Caetano (44) e Ribeirão Pires (13).
Para especialistas, o número é extremamente alto. ?O ideal é que não tivesse nem seis por mês?, disse o professor de engenharia automotiva da Universidade Presbiteriana Mackenzie Luiz Vicente Figueira de Mello, que é especializado em mobilidade urbana.
?Isso mostra que está havendo desrespeito à legislação de trânsito?, ressaltou o diretor do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior.
A primeira causa atribuída por ambos aos frequentes acidentes é a falta de educação. ?Precisamos ter respeito desde a base dos novos motoristas e motociclistas?, ressaltou Mello.
?A educação de trânsito deve ser incluída nas escolas, conforme o Código Brasileiro de Trânsito, para que se modifique a cultura da população com relação à mobilidade?, pontuou Alves Júnior.
Outras questões referem-se ao Estado e aos municípios, como a falta de fiscalização e de infraestrutura viária.
A grande quantidade de veículos nas ruas também é fator significativo do alto índice de acidentes. A região do Grande ABC possui frota de 1,6 milhão de veículos.
Fonte: Diário do Grande ABC (Sto. André), 12 de maio de 2014