O relatório final propõe a criação de mais uma estatal - a administração petista criou pelo menos sete, que vão desde a produção de derivados de sangue até a exploração do pré-sal -, dessa vez para implementar uma nova política nacional para o transporte regional, metropolitano e urbano. Ela foi batizada de Empresa Brasileira dos Transportes Terrestres (EBTT).
O estudo consumiu um ano de discussão. O relatório já foi entregue ao Ministério dos Transportes. O titular da pasta, César Borges, disse que vai entregar cópias aos Ministérios das Cidades e do Planejamento. De fato, explica um técnico da área, o resultado das discussões é muito mais uma proposta de mobilidade urbana, que não é exatamente um tema dos Transportes. Dado o calendário eleitoral, a tendência é que o estudo sirva de base para um programa do próximo governo.
Estudos em fase mais adiantada indicam que algumas linhas poderiam ser concedidas para exploração pela iniciativa privada, com rentabilidade (ou Taxa Interna de Retorno, TIR) na faixa de 10% a 15%. Essas são as taxas calculadas para seis linhas que já têm estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira concluídos. Pelo fato de estarem em estágio mais avançado, essas linhas foram selecionadas para funcionar como piloto das demais.
Nesse grupo há, por exemplo, uma ligação ferroviária entre Londrina e Maringá, no Paraná. Também o trem entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e entre São Luiz e Itapecuru, no Maranhão.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 7 de maio de 2014