A proibição, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), tem o intuito de reduzir o número de acidentes na via. Nos primeiros 15 dias de vigor da nova restrição, as ações serão apenas de orientação, sem aplicação de multas.
Cálculos da CET apontam que, apesar de as motos representarem apenas 13% dos veículos que trafegam pela marginal, há registros de condutor sobre duas rodas em 32 dos 50 acidentes com mortes registrados em 2009. Com a mudança, a CET prevê a diminuição em 40% da quantidade de acidentes graves envolvendo motos na Marginal Tietê.
Martins não acredita que a proibição de trafegar na via realmente reduza o número de mortes envolvendo motociclistas. Para ele, a melhor alternativa é a criação de uma faixa exclusiva para as motos, o que iria descomplicar o trânsito nos horários de pico e, nos períodos mais tranquilos, poderia ser usada também por outros veículos.
O presidente do Sindimoto afirma que, sem a possibilidade de utilizar a marginal, os motoboys terão mais dificuldades para fazer as entregas, além de aumentar o gasto com combustível, o que será repassado ao custo dos serviços.
Mas um dos maiores problemas da medida, na opinião de Martins, é que a restrição poderá "ser copiada" e virar regra para outras vias ou até cidades.
A marginal Tietê é considerada pela CET a principal via da cidade, com 23,5 km de extensão, por onde circulam diariamente 350 mil veículos, entre eles, 45 mil motos, realizando ao todo 1,2 milhão de viagens por dia.
Fonte: BOL Notícias, 1º de agosto de 2010