Na avaliação de técnicos, a redução do IPI para os elétricos não será suficiente para estimular o avanço de veículos elétricos importados no mercado brasileiro, mas deixará de funcionar como barreira fiscal.
A proposta descarta a redução imediata de impostos para o carro flex, reivindicada por montadoras, contra um suposto desestímulo aos veículos movidos a etanol. A alíquota paga hoje pelos flex, entre 7% e 18% de IPI, poderá cair no futuro. Mas a queda estará vinculada a um selo de maior eficiência dos motores.
A proposta do selo de eficiência dos motores flex, defendida pelo Ministério de Desenvolvimento, não entraria em vigor neste ano, porque vai depender do detalhamento de uma metodologia para medir ganhos de eficiência.
A baixa emissão de poluentes é a principal vantagem dos modelos elétricos, apontados como nova tendência mundial. O preço elevado ainda é o maior senão. Projeções usadas em estudo do BNDES indicam que os elétricos representarão mais de 35% da frota mundial em 2030. Atualmente, a participação é estimada em 0,3% do mercado.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 31 de julho de 2010