O decreto que regulamenta a profissão de guardador de carros completou um ano e determina que, para tirar o registro, o flanelinha deve apresentar atestado de bons antecedentes, certidão negativa de cartórios criminais e provar que está em dia com as justiças Militar e Eleitoral.
Mesmo com a regularização, ainda há muitas pessoas trabalhando na clandestinidade. Em muitos estacionamentos de Brasília é possível encontrar flanelinhas sem identificação. Dois rapazes, por exemplo, esperavam os motoristas no Setor Bancário Sul. Quando perceberam a equipe do DFTV, desapareceram. No Setor de Autarquias, outro lavador de carros trabalhava tranquilamente.
"A gente chega, deixa o carro e, se não pagar uma gorjeta, eles riscam o veículo", diz o agente comercial Edson de Souza.
Para Reginaldo de Almeida, foi o tempo de fugir da fiscalização. "Tinha medo de eles tomarem meu estacionamento ou eu ser preso. Agora, me sinto mais seguro para trabalhar e construir minha vida normalmente", conta.
Ele é um dos 1.350 flanelinhas cadastrados e treinados pela Sedest. Recebeu crachá, colete e número de identificação. Mas, segundo uma estimativa do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos, cinco mil pessoas ainda trabalham clandestinamente.
Fonte: programa DFTV 1ª Edição (TV Globo), 27 de julho de 2010