A trava de bafômetro é um pequeno aparelho, adaptado ao painel de instrumentos do veículo. Para dar partida no motor, os motoristas terão de soprar dentro do aparelho, a fim de provar que não estão sob a influência de álcool.
Segundo a nova lei, para voltar a dirigir seus carros, os motoristas condenados por dirigir embriagados terão de usar a trava de bafômetro durante um ou dois anos, dependendo da severidade da infração cometida. Diagnósticos de dependência ou abuso de álcool também vão influenciar a decisão sobre o período de tempo em que a trava deverá ser usada no veículo.
Para poder voltar a usar o carro normalmente, sem a trava, os motoristas deverão evitar infringir leis de trânsito durante o período probatório. Pessoas suspeitas de abuso ou dependência de álcool também poderão ser obrigadas a instalar a trava de bafômetro.
O governo planeja dar autoridade aos médicos para relatar ao Ministério dos Transportes a identidade de pessoas que, segundo seu julgamento, devem ter as travas instaladas em seus carros.
As pessoas que não concordarem com a decisão dos médicos podem correr o risco de ter suas licenças de motorista revogadas.
O custo das travas de bafômetro será parcialmente subsidiado pelo governo. Mas os motoristas infratores devem ter que arcar com a maioria dos gastos relacionados com a instalação da trava que poderão chegar a 60 mil coroas suecas (cerca de US$ 7,4 mil).
Na Suécia, o limite máximo aceitável de concentração de álcool no sangue é de 0,2 g (dois decigramas) por litro de sangue. Isso significa que um motorista pode ser processado se beber apenas o equivalente a menos de uma lata de cerveja, e a polícia sueca faz uma fiscalização frequente e rigorosa.
A Suécia foi um dos primeiros países do mundo a regulamentar a relação entre o uso de bebidas alcoólicas e a direção de veículos. A primeira lei a definir os limites de níveis alcoólicos surgiu na Noruega, em 1936, sendo seguida pela Suécia em 1941.
Fonte: BBC Brasil, 26 de março de 2009