Parking News

A Associação Comercial de São Paulo pede para a prefeitura mais flexibilidade no horário de funcionamento das faixas de ônibus em avenidas e ruas onde há maior volume de comércio. Segundo o presidente da entidade, Rogério Amato, o aumento do número de vias exclusivas aos coletivos na capital prejudicou pequenos comerciantes de todas as regiões da cidade. Os lojistas reclamam que a faixa dificultou o estacionamento dos clientes, o acesso à entrada das lojas e tirou a visibilidade dos estabelecimentos, informa a Folha.
"Muitos comerciantes estão reclamando. Em alguns casos, lojistas me disseram que as vendas caíram pela metade. Os bairros têm ruas principais que são o coração daquela localidade e essas faixas prejudicam", disse Amato.
A zona norte é uma das regiões apontadas por Amato. Por lá, há uma faixa na rua Alfredo Pujol, em ambos os sentidos.
No período da manhã, das 6h às 10h, a faixa funciona, no sentido centro, entre as ruas Chemin Del Pra e Voluntários da Pátria. No período da tarde, a via funciona das 16h às 20h, no mesmo trecho.
Alvaro Braconi é proprietário de uma loja de conveniência na rua. Ele não chegou a perceber uma queda no faturamento, mas reclama do trânsito causado após a instalação da faixa de ônibus pela prefeitura.
"Ficou muito ruim parar aqui na frente. Quando eles (os motoristas de carro) param, os ônibus precisam invadir a faixa dos carros. Isso dá um nó no trânsito na rua", disse.
Outra região onde também há reclamações de comerciantes é a zona leste. Nesta semana lojistas interditaram parte da avenida Conselheiro Carrão para protestar contra a faixa na via.
"Não tem necessidade. A faixa de ônibus nem tem tantos ônibus assim. Só prejudica o movimento da loja, que caiu cerca de 50%", afirmou Antônio Luis Silvestre, gerente de uma loja de bijuterias.
A faixa de ônibus, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), funciona no período da manhã das 6h às 9h e no período da tarde das 17h às 21h.
A avenida apresenta um volume de 140 ônibus por hora. Antes de ser implantada a faixa, a velocidade média dos coletivos no trecho era de 7,5 km/h. Agora, os veículos circulam a 14 km/h, em média.
O urbanista e consultor de tráfego Flamínio Fichmann endossa a crítica dos comerciantes. Segundo ele, a faixa de ônibus à direita tradicionalmente prejudica o comércio.
A saída, de acordo Fichmann, seria investir em corredores à esquerda em grandes avenidas e ampliar a flexibilização das faixas em avenidas menores e ruas de bairros.
O estudo mais recente sobre a velocidade média dos ônibus pelas faixas exclusivas indica que o aumento médio da performance foi 48,1%, ou seja, de 13,8 km/h para 20,4 km/h. Na região leste, a melhora foi na casa dos 35%. No período da tarde, por exemplo, a velocidade nas faixas subiu de 14,8 km/h para 20 km/h.
Por meio de nota, a CET ainda afirmou que os motoristas têm o direito de acessar os estabelecimentos comerciais e residenciais mesmo quando as faixas de ônibus não estiverem com sinalização pontilhada.
Segundo a nota, o agente só aplica a multa quando percebe a clara intenção do motorista em circular pelo eixo exclusivo, e não apenas fazer as conversões e acessos autorizados.
Fonte: Folha de S. Paulo, 14 de novembro de 2013

Categoria: Cidade


Outras matérias da edição

Mais vagas para carros e motos (06/11/2013)

O centro de Colatina ganhou mais vagas para motoristas e motociclistas. São 39, desde o dia 7, na Praça Belmiro Teixeira Pimenta. Essas são as primeiras mudanças no sistema rotativo local, que até jan (...)

Populares também serão mais seguros (17/11/2013)

A obrigatoriedade de airbags dianteiros e freios ABS em todos os carros novos a partir de 1º de janeiro vai expulsar do mercado os modelos Kombi, Gol G4, Ka, Fiesta Rocam e Mille, mas introduzirá no P (...)

Só ônibus anda na Raal Leste (18/11/2013)

A Radial Leste, principal artéria de ligação da Zona Leste com o Centro da capital paulista, junto com a Marginal Tietê, é a via mais congestionada da capital. Números inéditos da CET (Companhia de En (...)

Sem high line (15/11/2013)

O futuro do Minhocão continua na pauta do paulistano. No site colaborativo Sampa Criativa, por exemplo, existem pelo menos 5 propostas de revitalização do Elevado Costa e Silva. Além das já conhecidas (...)


Seja um associado Sindepark