Parking News

Engarrafamentos quando menos se espera, malha metroviária pouco abrangente, excesso de ônibus nas vias. Locomover-se pela cidade pressupõe paciência para superar obstáculos. Não sem razão, dar um jeito no trânsito tornou-se um dos principais desafios para a realização a contento da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, competições que devem trazer ao Rio mais de 1,2 milhão de visitantes. E justamente esse contingente, o de turistas, enfrenta por aqui uma mazela a mais na área dos transportes: o serviço de táxi.
Para testar o sistema, Veja Rio embarcou nos amarelinhos em roteiros frequentes da turma que vem de fora: Pão de Açúcar, Centro, Corcovado, Maracanã, Copacabana, Leblon, os aeroportos, a Rodoviária Novo Rio. E reprovou a experiência. Em sete das onze viagens, houve discrepância no trajeto percorrido em relação à menor distância de fato. Uma corrida da Rua Visconde de Pirajá à Rua Graça Aranha, que em condições normais abrange cinco linhas retas de Ipanema ao Centro e custa 28 reais, segundo o guia oficial da Riotur, saiu por 42 reais. A inflação deveu-se a esticadas indevidas pelo caminho, com passagem por Laranjeiras, Botafogo e Flamengo.
Vale ressaltar que a maioria dos profissionais do ramo atua de forma correta. Porém, nas áreas de grande afluxo de visitantes, os maus taxistas podem se sentir à vontade diante de alvos fáceis de ludibriar. A poucos metros do Bondinho do Pão de Açúcar, há um ponto informal dos amarelinhos com regras peculiares. Ali, o taxímetro é mero objeto decorativo. Vale uma tabela criada em comum acordo pelos motoristas - acima do preço em vigor, é claro. Só quando o passageiro está dentro do veículo ele é informado do procedimento.
Uma viagem até Ipanema custa 50 reais, e para chegar ao shopping Rio Sul, a 1,3 km do teleférico, o preço é de 15 reais, mais que o dobro da tarifa normal. De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), a prefixação de preços é ilegal - salvo para os veículos autorizados em operação nos aeroportos e na rodoviária. Para dar cabo das irregularidades, o recém-criado órgão vistoriou 592 táxis nos aeroportos, na rodoviária, em Copacabana e no Flamengo, entre 23 de fevereiro e 23 de março. Apreendeu 169 deles, a maioria por má conservação. Como se vê, o trabalho precisa continuar.
Evite as roubadas
 Opte por radiotáxis de cooperativas, devido à fiscalização interna e também à facilidade de reaver algum pertence esquecido no veículo
 Veja se há o selo da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) no pára-brisa e o lacre do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-RJ) no taxímetro
- Certifique-se de que a foto do motorista e a placa no cartão de permissionário correspondem à realidade
 O site www.rioguiaoficial.com.br tem uma tabela com estimativas de tempo e preço das corridas. Acesse-a antes de fazer um trajeto desconhecido
 Anote a placa ao embarcar e peça recibo ao chegar. Se seu celular tiver conexão com a internet, você poderá conferir no site da SMTR a situação do carro
 A tarifa de bandeira 2 só pode ser cobrada aos domingos, feriados e das 21 às 6 horas de segunda a sábado
 É permitida a taxação de 1,40 real por bagagem maior que 60 cm x 30 cm
Fonte: Revista Veja Rio, 5 de maio de 2010

Categoria: Geral


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