Um motorista desiste de entrar no túnel, retorna na contramão e provoca um acidente. Em outra imagem, o carro da direita espreme o da esquerda contra a lateral do túnel. O carro entra no túnel e, descontrolado, sai batendo no muro de proteção.
São flagrantes da desatenção e da falta de respeito à sinalização que deixam o trânsito de São Paulo ainda mais violento. Mesmo assim, os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego mostram que há esperança. Houve uma redução no número de mortes em acidentes. Em 2009 foram 1.382 mortes, 81 vítimas a menos do que no ano anterior.
Uma das maiores preocupações dos técnicos de trânsito é com os acidentes envolvendo motos. A frota aumentou no ano passado. O número de motociclistas mortos até diminuiu, mas ainda há muita imprudência nas ruas.
O motociclista está correto, passou no semáforo verde, mas foi atingido por um carro em alta velocidade. Em um túnel, o carro muda de faixa, mas não vê o motociclista. Uma situação que se repete inúmeras vezes durante o dia.
Os dados da pesquisa do trânsito em São Paulo revelaram que só um tipo de acidente com morte se manteve estável. O número de vítimas de atropelamentos chegou a 671. Segundo a CET, as principais razões são: avanço dos motoristas na faixa de pedestre, desrespeito à sinalização e travessia em lugar inadequado.
Em Osasco, na Grande São Paulo, um pedestre atravessa na frente do ônibus, fora da faixa, e é atropelado por um motociclista.
"Muitas pessoas são atropeladas por causa da pressa, e também porque as melhorias no trânsito fazem com que os motoristas aumentem a velocidade, o que acarreta mais acidentes", declara o consultor de trânsito Eduardo José Daros, da Associação Brasileira de Pedestres.
Fonte: Jornal Hoje (TV Globo), 10 de maio de 2010