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As quatro faixas do Minhocão transportam, proporcionalmente, mais carros que as dez faixas da Avenida 23 de Maio, uma das mais importantes vias de São Paulo. A comparação reforça a importância do Minhocão, apelido do elevado Costa e Silva, para o trânsito. Também ajuda a explicar a dificuldade dos prefeitos para acabar com a obra, que trouxe desvalorização ao seu entorno desde a inauguração, em 1971. Dia 6 de maio, a prefeitura anunciou um plano - sem orçamento e prazo - que, se der certo, culminará com o fim do elevado. Para isso, terá de ser feito um túnel subterrâneo de 12 km para passar um trem que irá da Lapa ao Brás, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
O local por onde hoje passam os trilhos seria ocupado por um parque e uma via de ligação das zonas leste e oeste, que serviria de alternativa ao tráfego do Minhocão. A nova avenida teria oito faixas para carros. Já os motoristas que usam o Minhocão apenas no trajeto centro-zona oeste continuariam com a alternativa da Avenida São João, principal eixo de ligação entre essas duas áreas até a década de 1960.
A prefeitura começou dia 7 o processo para contratar o projeto urbanístico que definirá o futuro do Minhocão. A 23 de Maio é parte da ligação norte-sul. Por ali, das 7h às 10h, passam 27.300 carros, segundo dados da CET, ou 2.730 veículos, em média, por faixa. No Minhocão são 21.600 carros no mesmo período, média de 5.400 veículos por faixa, quase o dobro da 23 de Maio. "O Minhocão é muito necessário. Tem uma função hoje que não tem substituição", diz o consultor de transportes Bernardo Alvim, que tem um projeto para transformar a obra em via elevada de ônibus. O prefeito Gilberto Kassab prefere a destruição. "Eu torço para que o projeto vencedor possa encontrar uma solução para demolir o Minhocão", disse. Para ele, os recursos arrecadados com a futura operação urbana Lapa-Brás custearão o projeto.
Fonte: Folha de S. Paulo, 8 de maio de 2010

Categoria: Geral


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