A primeira fase, segundo a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), deve ser licitada até julho. Ela vai contemplar o VLT entre o terminal do porto de Santos e a região dos Barreiros, em São Vicente. A linha contornará a faixa do litoral entre as duas maiores cidades da Baixada Santista em parte da área ocupada pelos trens da CPTM.
São 16 novas estações, sempre a 800 m de distância uma da outra. O usuário vai pagar a tarifa antes de embarcar. O VLT terá pontos de transferências, na primeira etapa, nos Barreiros, no terminal São Vicente e na estação Conselheiro Nébias, em Santos.
A previsão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos é que o sistema reduza o tempo médio de viagens de 50 min para 33 min. A integração elimina 25 linhas de ônibus, cria seis e afeta mais 16 - outras 20 seguem inalteradas.
O presidente da associação que reúne engenheiros e arquitetos de metrô, José Geraldo Baião, diz que esse tipo de projeto é importante porque reestrutura o transporte local.
"O importante é termos projetos que integrem os demais meios de transporte e que tenham alcance entre as regiões metropolitanas", diz.
Bicicletas
O projeto tenta incorporar à rede de coletivos os usuários de bicicletas, que são milhares nas ruas planas do litoral paulista. Circulam na Baixada cerca de 300 mil usuários de bicicletas, que representam 15% do total de viagens, um ponto percentual a menos do que os carros. Por isso, o projeto prevê bicicletários e paraciclos - estacionamentos para esses veículos.
Fonte: Folha de S. Paulo, 9 de maio de 2010