Durante os 35 anos de concessão dos dois trechos, serão necessários R$ 5 bilhões de investimentos. A receita tarifária no período, por sua vez, foi estimada em R$ 26,8 bilhões. A expectativa do governo é conseguir publicar o edital em fevereiro, receber as propostas até abril, e assinar o contrato em julho deste ano.
Ao todo, serão concedidos 103,7 km de rodovias, 61,4 km da parte sul e 42,3 km da leste, que ligará a parte sul às rodovias Ayrton Senna e Dutra, com início no município de Mauá.
O custo maior será com as obras do novo trecho, que demandarão R$ 2,8 bilhões. Os gastos com desapropriações, por sua vez, estão estimados em R$ 1,1 bilhão. Haverá necessidade de desapropriar uma área total de 743 hectares, sendo que a maior parte das edificações afetadas, ao todo 1.071, está em área urbana (72%). O restante dos investimentos, cerca de R$ 1 bilhão, deverá ser aplicado em conservação e sistemas de operação.
Vencerá a licitação a companhia ou consórcio que oferecer a menor tarifa, considerando um teto de R$ 6,00 para o trecho sul e de R$ 4,50 para o trecho leste. O valor, cerca de R$ 0,10 por quilômetro, é o mesmo das últimas concessões no Estado. O desconto na tarifa deverá ser igual nos dois trechos. A licitação será feita pela modelagem invertida, em que primeiro serão abertas as propostas tarifárias e depois analisada a parte técnica.
O governo prevê que passarão em média 257 mil veículos pelas praças de pedágio das rodovias. O pedágio do trecho sul poderá começar a ser cobrado ainda neste ano caso o contrato seja assinado dentro do prazo previsto. O trecho leste, por sua vez, deverá ser concluído em 30 meses após a assinatura do contrato.
Fonte: Valor Online, 21 de janeiro de 2010