No total, o trânsito de São Paulo foi responsável pela morte de 1.382 pessoas, das quais 428 eram motociclistas; 222 eram motoristas ou passageiros de carros e 61 estavam em bicicletas. Em todos esses casos, o número de mortes diminuiu em relação a 2008, mas o número de pessoas que morreram atropeladas não diminuiu. Foi até maior: uma morte a mais do quem em 2008.
Falta sinalização, falta fiscalização, mas é fundamental também ter muito cuidado ao atravessar as ruas. A reportagem percorreu as duas avenidas campeãs em atropelamentos na Capital.
Avenida Sapopemba, zona leste. Esse é o lugar mais perigoso para os pedestres na Capital, segundo o Corpo de Bombeiros. Só no ano passado foram 110 atropelamentos.
O SPTV percorreu os 23 km da avenida na capital e registrou os problemas. Na altura da Vila Diva, onde há muitas lojas e trânsito intenso, as faixas de pedestres ficam muito distantes uma das outras e não há canteiro central. Para atravessar, só mesmo se arriscando.
Da zona leste para a zona sul. Na triste estatística dos atropelamentos, a Teotônio Vilela foi considerada a segunda mais perigosa. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 84 casos em 2009. Os acidentes aconteceram numa extensão bem menor: só 9 km de avenida.
Para evitar acidentes e atropelamentos, a população também precisa fazer sua parte. Na esquina das avenidas Teotônio Vilela e Belmira Marin existe uma passarela que parece mais um enfeite: o pessoal se arrisca atravessando no meio da rua.
A justifica é sempre a mesma: a pressa!
A CET, em nota, diz estar ciente dos problemas dessas duas grandes avenidas de São Paulo. Na Avenida Sapopemba, ela diz que no ano passado já fez um reforço na sinalização de solo e pretende colocar mais 12 canteiros centrais para facilitar a travessia de pedestres. Já na Teotônio, a informação é que já foi feito o remanejamento de algumas faixas de pedestres.
Fonte: programa SPTV 1ª Edição (Rede Globo), 12 de abril de 2010