"Temos que entender a lógica do mercado, dono de posto não aumenta, repassa o aumento", afirmou Gouveia. E, segundo essa lógica, a elevação do preço reflete a falta do produto no mercado. "Os estoques estão baixos", disse.
No início desse ciclo, estão as chuvas. Elas atrapalharam a colheita da cana, o que prejudicou a produção de etanol. Com os estoques baixos, o preço sobe.
Abastecimento
"Há uma dificuldade, mas não podemos falar em desabastecimento", ressaltou o presidente do Sincopetro. Ele cita, por exemplo, que um posto de uma cooperativa de táxis do Estado efetuou um pedido de 20 mil litros de álcool na última semana, mas só recebeu 5 mil litros. Gouveia diz que não é um exemplo isolado.
Por meio de nota, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) ressaltou que essas dificuldades encontradas pelas distribuidoras nada têm a ver com a disponibilidade do produto nas usinas mas, sim, com questões logísticas.
Gouveia acredita que, apesar das dificuldades, essa situação já deve mudar na próxima semana, quando os estoques de etanol devem voltar a ficar nos patamares normais. "Se não chover", considera. Com isso, os preços devem começar a cair em dez dias, prevê Gouveia.
Fonte: site InfoMoney, 14 de abril de 2010