Parking News

O Metrô implantou um sistema de estacionamentos integrado à rede sobre trilhos da cidade de São Paulo. Hoje, são seis deles, um ligado a uma estação da CPTM. Até o final do ano, o Metrô promete dez unidades em operação. A medida pode contribuir para que usuários de transporte individual migrem para o transporte coletivo, uma tendência que vem se acentuando nos últimos anos. Em 2008, quando foi feito o último estudo sobre o assunto, o número de usuários do metrô que possuíam carro era de 56%, lembra o Diário de São Paulo. "Podemos comemorar, afinal, mais da metade dos usuários do metrô tem carro e o deixa em casa. Se conseguirmos que a maioria faça isso, podemos solucionar o problema dos congestionamentos. É um número positivo", afirmou o urbanista Cândido Malta.
Dados da pesquisa Origem e Destino realizada pelo Metrô apontam que, em 1997, 47% das viagens dentro da cidade eram realizadas de carro. Dez anos depois, esse número caiu para 41%. Conforme o estudo de 2008 do Metrô, a linha com mais usuários que possuem carro é a Verde (62%), seguida pela Azul (58%), a Vermelha (56%) e Lilás (48%). Uma das alternativas para quem não está próximo a alguma estação do metrô e não quer atravessar a cidade toda de automóvel são os estacionamentos da rede, chamados E Fácil. Neles, paga-se uma taxa fixa por 12 horas de permanência do veículo, que dá ao cliente direito a duas viagens nos trens da CPTM, no metrô ou nos ônibus da SPTrans. A publicitária Telma Duarte Lopes usa o E Fácil da estação Santos/Imigrantes todos os dias. "Não é só pelo preço (R$ 2) que compensa, mas pelo tempo. Moro em São Bernardo e trabalho na Vila Madalena. Fazendo isso, levo 40 minutos para chegar. De carro, levaria duas horas", justificou.
O Diário visitou quatro E-Fácil. Dois nas estações Santos/Imigrantes e Corinthians/Itaquera, em pontos extremos da rede, estavam lotados. Outros dois, nas estações do Brás e Bresser/Mooca, mais próximos à região central, estavam vazios. O Metrô garante que o número de carros nos estacionamentos está crescendo e atribui a pouca ocupação à inauguração recente dos dois espaços (Brás há um mês e Bresser há quatro). Mas o consultor em transporte Horácio Figueira acredita em outro motivo. "Quem se deslocou até ali já foi de carro, então ele não vai parar nos estacionamentos", afirmou.
Quem deixa o carro em casa para pegar o Metrô tem uma justificativa na ponta da língua: o trânsito pesado. Melhor ficar em pé no vagão, apertado nos horários de rush, do que gastar horas parado nos congestionamentos. O ganho de tempo é sempre mais vantajoso.
Fonte: Diário de São Paulo, 17 de abril de 2010

Categoria: Fique por Dentro


Outras matérias da edição

PM vai recriar o Comando de Trânsito (15/04/2010)

O governo de São Paulo vai recriar o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). O novo órgão será composto por dois batalhões e vai reunir nessas unidades especializadas os policiais que atualmente (...)

Estações de metrô elitizam entorno (15/04/2010)

Áreas próximas das linhas do metrô de São Paulo estão passando por um processo de elitização. Pesquisa mostra que esse tipo de transporte, apontado como um dos mais eficientes, provoca valorização no (...)

Tráfego de São Paulo faz vítimas (12/04/2010)

O trânsito de São Paulo é cada vez mais arriscado para quem anda a pé. Um levantamento da CET mostra que, no ano passado, 671 pessoas morreram atropeladas na Capital. São quase duas mortes por dia, se (...)

Farol urno reduz risco de acidentes (18/04/2010)

Para serem percebidos com mais facilidade por pedestres e outros veículos na cidade, motos e ônibus são obrigados a transitar com a luz baixa acesa, até mesmo durante o dia. Os carros, segundo a lei, (...)

Não há mais onde estacionar (18/04/2010)

Não há mais local para estacionar no Recife. Sem estímulo à construção de edifícios-garagem e com poucos estacionamentos rotativos estruturados, além de caros, a cidade não possui mais espaço para aco (...)


Seja um associado Sindepark