Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a proposta é que haja mudanças desde o primeiro socorro pelo Samu (serviço de ambulâncias), ou pela unidade básica de saúde, até a forma como o paciente será atendido dentro do hospital.
"Nossa avaliação é que o atendimento das urgências e emergências é o espaço mais crítico, de baixa qualidade, no SUS", afirmou à Folha.
A meta, segundo ele, é reduzir as taxas de mortalidade de traumatizados de acidentes de trânsito em 17%, mesmo percentual obtido pelos EUA após a implantação de um sistema organizado de atendimento ao trauma.
Em 2010, o SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) notificou 42.884 mortes por acidente de trânsito.
Padilha diz que a proposta é organizar a nova rede em três diferentes níveis de complexidade de atendimento (hospitais que fazem neurocirurgia, por exemplo).
Esses hospitais receberão mais recursos, mas, segundo ele, os valores só serão definidos após o fim da consulta pública e de acertos com Estados e municípios.
Muitas vezes, diz Padilha, o Samu faz um bom atendimento, mas tem dificuldade de encaminhar o paciente ao hospital especializado. Outra situação comum é o acidentado ficar dias em uma maca, esperando por um leito.
Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de agosto de 2012